Liberdade

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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Voltas infinitas


Já ouviu sobre o amor?
Correu para sentir o vento contra os cabelos e sorriu?
Pulou do alto do prédio tantas vezes
Está a girar na sala aos oito
Ninguém diz, mas:
“-Protege teus joelhos dos arranhões”
Me deixa segurar tua mão um instante
Mas não solta teu coração
Fomos crianças no frio
Sombras na cidade insone
Jogávamos sonhos no lixo como se fosse a maior diversão
Mas depois de todo o estardalhaço
Restamos nós...
Pedaços soltos em gavetas vazias
Rascunhos mal feitos de planos incompletos
Queríamos ser livro
Viramos frases inacabadas
Lembra do que pensávamos?
A vontade de espalhar a loucura?
Nos equilibrando no meio fio de calçadas intermináveis
Terminamos antes delas
E se não der tempo de chegar a algum lugar?
Ficaremos perdidos para sempre
Nas ruas vazias desse sonho confuso
Nas voltas infinitas desse estranho lugar

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