Liberdade

Liberdade

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Caminho


 
Passos vacilantes pela madrugada.

Três almas vagam contra seus destinos...

Não acredite em interrupções.

Prefira a intensidade.

Te ouço sobre seus ideais, te magoo sem intenção!

E se pudesse olhar pra alguém sem depositar fé?

Nós estamos tão cheios e mesmo assim nos sentimos vazios.

Todos se transformam em solidões.

Eu me transformo em ausência.

Nesse lugar onde há tanto amor.

Nos confundimos com números.

Outrora não havia caos, nem distancia.

Nada que pudesse machucar nossos pulsos.

A loucura era uma amiga a quem eu me apoiava.

Se foi com a inocência dos meus olhos.

Capitalizaram meus sentimentos,

Construíram muralhas e nos dividiram.

Arrancaram de nós o liquido que conduzia a esperança...

E quando devíamos duelar te abracei com força.

Ninguém reduz a sensibilidade.

Não há obstáculos para quem se mantém de pé...

Vai, segue o caminho em direção ao amanhecer.

No fim uns encontram gloria, outros encontram ouro.

Eu só busco continuação...

Quem sabe eu encontre nos lábios de um anjo.

Quem sabe acumule força para acalmar todos os ventos.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Dez passos


 
 
Inspirado em uma história real
 
Somente dez passos...
Rosto contra o chão,
Noite fria na cidade solitária,
A musica abafou o medo,
O som dos carros silenciou os gritos,
Na cidade em que todos estão tristes...
A psicopatia também mora,
Dez passos e as sombras a engoliram,
Quantos sonhos couberam ali pra serem interrompidos dessa forma?
Asas arrancadas a força,
Fios de cabelo espalhados,
Vinte sete anos escorrem pelo asfalto,
Se tentasse estender a mão ninguém a seguraria,
Doce menina, desaparecerá antes de amanhecer.
Somente dez passos e estaria junto a um amigo
Falariam sobre guitarras distorcidas e sorririam outra vez.
No caminho até lá o acaso a encontrou antes.
Onde estava guardado o monstro antes de ser solto naquela noite?
Como confiar em olhos que provocam dor?
Os mártires desse século não escolheram morrer,
Ela não escolheu...
Corpo vazio ao chão,
Homem completo em pé,
Ele ainda terá tempo de atuar.
Irá esconder a face outra vez
Dez passos e um destino assustador.
Dez anos e somente aí ele pagará...
Duas horas da madrugada, é o fim.
A violência parou o tempo para um deles...
Pessoas chegam atrasados para o espetáculo,
Ele não espera pelos aplausos,
O dia estranhamente amanhece.
Próxima semana as canções entoarão um adeus.
 

 

sábado, 9 de novembro de 2013

Dionísio


 
 
Se não tivermos outra chance,

Se não fizer mais sentido,

Não irei gritar blasfêmias na rua,

Nem anjo nem ser das trevas me tornarei,

Aonde vai com tantas duvidas?

Não sei quantas existências levará, mas um dia você percebe...

Tolo, acreditando no realismo.

Priva seus instintos por puro medo.

Guarda a liberdade na gaveta a cada fim de dia.

Queria te dar um abraço, queria abrir teus olhos!

Não chore nem peça desculpas.

Se alguém deve partir que leve seu coração.

Me afasto da superfície e do vazio...

Nós não pertencemos a ele.

Cuida das tuas escolhas, elas podem mudar constelações

E se não houver outra conversa,

Se o que eu disser me levar a fogueira...

Vou repetir meus erros,

Vou queimar com vontade.

Me aponte seu dedo criança,

Me rotule e me corte em pedaços.

Ouvimos sobre o inferno desde cedo

Mas, não há monstro embaixo da cama
 
"-Pode dormir!"

Foram tantas mentiras, tanto controle.

Conhece a ti mesmo ou deixe se ser devorado.

Não sente as vibrações?

A vida está por todo lado clamando por ti

E o que quer que diga...
 
Não irá interferir em meus pensamentos imortais.

Dionísio me fará companhia essa noite

Que venham os sábados, que venha a fúria!

Essa noite sou loucura e certeza misturada no mesmo copo.

Venha beber da verdade...

Se suportar a ressaca da perdição.