Liberdade

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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Despertar

A alguns meses esse texto nasceu e hoje representa pra mim beleza e nada mais.

Se eu bebi?
Que te importa o numero de garrafas vazias pelo chão?
Não te importou a falta que faria a mim
Eu ainda choro por sonhos que morreram a quatro anos
A vida não é a mesma
Eu não sou a mesma
Abrirei minhas asas a cada anoitecer mas não alçarei voo
Beijarei estrelas em meus delírios
Pararei para admirar o mundo girando ao meu redor
E isso não dirá nada sobre mim.
As vezes caminho sobre brasas sem perceber que estou descalça
Errei com palavras e sentimentos
Esqueci daquilo que me fazia sorrir
E hoje desvio dos cacos de vidros pela sala
Sou menos ingênua ou só louca
A nuvem que chovia em mim está cinza claro
Sinto que logo as marcas vão cicatrizar
Sonharei de novo...
Por enquanto mergulho em formol
Me desfaço em mentiras
Me encontro em conversas vazias
Sinto o cheiro salgado da raiva
Sinto cada pedaço de sentimento vão
Sabendo que não vou sumir na escuridão da minha alma
Eu não vou apagar nenhuma dessas memórias
Nem fingir que não é o álcool
Afinal somos só um delírio nas curvas do tempo
Um dia a gente desperta de uma vez

Cristina Braga

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