Liberdade

Liberdade

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A escolha


 
Segui os rumos contrários da historia.
Não te ordenei, não quis escravizar.
Meus bolsos furados não carregam pedras preciosas...
Preciso é o que tenho em minha mente.
E nós poderíamos tornar suave todas as dores.
Poderíamos alimentar as crianças que se protegem na areia.
Se eu possuísse uma arma eu a queimaria.
O amor é um sentimento raro e não um objeto numa vitrine.
Me peça um favor, me peça lucidez...
Só não me peça pra ser igual!
Quantos comunistas estão sob a mira dos meus olhos?
Por quantos anarquistas eu poderia me apaixonar?
Eu escolho meus aliados conforme mergulho em seus sonhos.
Uma guerra mesmo fria ainda faz vitimas.
Na rua esbarro em pessoas que estão em ruínas.
Ninguém os protege do egoísmo da lei.
Cédulas verdes não concertam corações envelhecidos.
No quarto dos teus filhos ocorrem crimes hediondos.
Quisera sentir quão desesperados estão todos eles.
Jovens, não baixem a cabeça,
Não machuquem a si mesmos!
Nossas lacunas requerem amor para cobrir os espaços...
Peço que não desista,
Peço que não tranque a porta.
Nós todos somos mundos em colisão,
Podemos espalhar luz ao invés de destruição.
Podemos soltar pássaros em vez de colecionar escuridão...
A paz é somente uma escolha!

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Caminho


 
Passos vacilantes pela madrugada.

Três almas vagam contra seus destinos...

Não acredite em interrupções.

Prefira a intensidade.

Te ouço sobre seus ideais, te magoo sem intenção!

E se pudesse olhar pra alguém sem depositar fé?

Nós estamos tão cheios e mesmo assim nos sentimos vazios.

Todos se transformam em solidões.

Eu me transformo em ausência.

Nesse lugar onde há tanto amor.

Nos confundimos com números.

Outrora não havia caos, nem distancia.

Nada que pudesse machucar nossos pulsos.

A loucura era uma amiga a quem eu me apoiava.

Se foi com a inocência dos meus olhos.

Capitalizaram meus sentimentos,

Construíram muralhas e nos dividiram.

Arrancaram de nós o liquido que conduzia a esperança...

E quando devíamos duelar te abracei com força.

Ninguém reduz a sensibilidade.

Não há obstáculos para quem se mantém de pé...

Vai, segue o caminho em direção ao amanhecer.

No fim uns encontram gloria, outros encontram ouro.

Eu só busco continuação...

Quem sabe eu encontre nos lábios de um anjo.

Quem sabe acumule força para acalmar todos os ventos.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Dez passos


 
 
Inspirado em uma história real
 
Somente dez passos...
Rosto contra o chão,
Noite fria na cidade solitária,
A musica abafou o medo,
O som dos carros silenciou os gritos,
Na cidade em que todos estão tristes...
A psicopatia também mora,
Dez passos e as sombras a engoliram,
Quantos sonhos couberam ali pra serem interrompidos dessa forma?
Asas arrancadas a força,
Fios de cabelo espalhados,
Vinte sete anos escorrem pelo asfalto,
Se tentasse estender a mão ninguém a seguraria,
Doce menina, desaparecerá antes de amanhecer.
Somente dez passos e estaria junto a um amigo
Falariam sobre guitarras distorcidas e sorririam outra vez.
No caminho até lá o acaso a encontrou antes.
Onde estava guardado o monstro antes de ser solto naquela noite?
Como confiar em olhos que provocam dor?
Os mártires desse século não escolheram morrer,
Ela não escolheu...
Corpo vazio ao chão,
Homem completo em pé,
Ele ainda terá tempo de atuar.
Irá esconder a face outra vez
Dez passos e um destino assustador.
Dez anos e somente aí ele pagará...
Duas horas da madrugada, é o fim.
A violência parou o tempo para um deles...
Pessoas chegam atrasados para o espetáculo,
Ele não espera pelos aplausos,
O dia estranhamente amanhece.
Próxima semana as canções entoarão um adeus.
 

 

sábado, 9 de novembro de 2013

Dionísio


 
 
Se não tivermos outra chance,

Se não fizer mais sentido,

Não irei gritar blasfêmias na rua,

Nem anjo nem ser das trevas me tornarei,

Aonde vai com tantas duvidas?

Não sei quantas existências levará, mas um dia você percebe...

Tolo, acreditando no realismo.

Priva seus instintos por puro medo.

Guarda a liberdade na gaveta a cada fim de dia.

Queria te dar um abraço, queria abrir teus olhos!

Não chore nem peça desculpas.

Se alguém deve partir que leve seu coração.

Me afasto da superfície e do vazio...

Nós não pertencemos a ele.

Cuida das tuas escolhas, elas podem mudar constelações

E se não houver outra conversa,

Se o que eu disser me levar a fogueira...

Vou repetir meus erros,

Vou queimar com vontade.

Me aponte seu dedo criança,

Me rotule e me corte em pedaços.

Ouvimos sobre o inferno desde cedo

Mas, não há monstro embaixo da cama
 
"-Pode dormir!"

Foram tantas mentiras, tanto controle.

Conhece a ti mesmo ou deixe se ser devorado.

Não sente as vibrações?

A vida está por todo lado clamando por ti

E o que quer que diga...
 
Não irá interferir em meus pensamentos imortais.

Dionísio me fará companhia essa noite

Que venham os sábados, que venha a fúria!

Essa noite sou loucura e certeza misturada no mesmo copo.

Venha beber da verdade...

Se suportar a ressaca da perdição.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

GUERRA



 



A multidão caminha cortando o vento,

As conversam vazias alimentam a distancia.

Eles falam uns dos outros, mas não falam de si mesmos,

E se eu negar pagar com meu sangue?

A guerra não é meu destino!

Sou as reticências na tua frase inacabada,

Não um instrumento de destruição.

Uns fogem e mesmo distante não encontram paz...

Somos iguais não vê?

Todos sangramos em vermelho.

Não me diga mais nada,

Eu não me prostarei a um sádico com uma coroa,

Não cumprimentarei Hitler,

Nem explodirei em nome de deus.

Guarde seus dogmas... São meros artifícios do ódio.

E desvie sua fúria do meu caminho,

Escolhi não derreter pele em troca de combustível,

O dinheiro não comprará a minha evolução!

Mais um dia, mais covas prontas.

Não beijarei tua face,

Nem te empurrarei ao buraco.

Não me excita a tortura.

Eles estão condenando os fracos.

Criaram demônios e anjos pra esconder seus feitos.

Engula seu dinheiro a seco essa noite,

Cada atitude leva alguns segundos e acabou...

Não me convide para o topo,

De onde estou enxergo a inocência das vitimas,

Percebo o quão generosa é essa terra,

Quem cobriu esse lugar de sonhos despedaçados?

Como escondes tão bem tua sensibilidade?

Todos fracassamos em ser humanos.

Seguro a respiração olhando para o céu.

Mas porque eu insisto em olhar?

Deixe me arrancar os pontos do teu coração devagar,

Coloca tuas armas no chão de uma vez

O fim está próximo, querido.

Cada atitude leva alguns segundos...

Alguns segundos para se tornar eterna.

Isso não acaba aqui!

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Nos veremos





Inspirado por oito amigos bêbados que eu admiro.

 

Lá vai o menino cujos cabelos são desejados, dono de erros e um coração puro.
Descreve a vida com a facilidade, recebe elogios com uma classe transcendental.
Me fale sobre a importância de ser visceral, me faça querer estar viva! Cite Mandela e me mostre tua amplitude.
Tens os silêncios mais devastadores e o sorriso mais espontâneo do mundo.
Já formastes uma família, mas não perdeu o olhar de garoto... É quem nos faz voltar no outro dia, é quem nos faz ficar atentos.
Está misturando Rock e Caetano em sua linguagem marginal... Dançando enquanto todos permanecem sérios.
Sempre com o mesmo olhar desde os 14, bem antes do Moykano e da força eu o via tímido.
E me irrita, me faz de boba, me faz companhia. Chegou de mansinho e ganhou lugar cativo ao meu lado
...

Eu,  mera espectadora do caos e do paraíso,
Mergulhando em conversas, mergulhando na musica.
Virando garrafas de vinho, desenhando mais luzes no caminho.
Desejando que o tempo não passe, que nossa amizade não desgaste!
Nós que não vamos perder a loucura.
Sabemos como vencer a gravidade,
Temos acordes precisos e ironia como armas!
A vida corre e nossos olhares dispersam, mas com a certeza:

Próxima semana nos veremos outra vez!
 
Foto: Ramones

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Desejo




Te peço apenas
que feche teus olhos
esvazia tua mente
enche tua taça com prazer
sinta o deleite da pele
arranca meus delírios a força
e deixa me ser arrepios somente.

A vontade acelera os batimentos sob meu peito
teu olhar e tua falta de modos
me fazem refém
me pergunto repetidamente:
– Quantos segundos serão tão nossos quanto estes?

Me conte sobre teus deuses uma noite a mais
ao som da tua voz idealizo o infinito
enquanto desmorono paredes ao teu lado.
o calor de nossos corpos traduz
que tua ida trará a primavera.

Tu, viverá teu destino
e eu minha vida.

Os mares se abrem em honra
meus lábios se abrem em desejo
teus olhos se abrem para o mundo.

Vá e leve consigo
a ânsia por conquistar o universo.

[ Cristina Braga ]


segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Diga a eles





Diga a eles que estou partindo
deixei pedaços de princípios pelo quarto
alguns fios de cabelo e lágrimas
décadas se passaram enquanto eu lá dormia.

Leve um beijo a todos
aos que abrem suas janelas em dias de chuva
aos que me farão falta ver seus olhos bondosos
talvez para onde eu vá não consiga enxergá-los.

Prometi que iria encontrá-la
mas já fazem anos sem que eu a faça sorrir
tantas estações, tantos amigos
e desde o fim me sobraram essas linhas mal traçadas

Meu caminho é na contra-mão da ilusão
a milhas de distancia do ódio
e mesmo voando por todos os céus
não vou esquecer como voltar para casa.

Olhe só, aquela menina na calçada
diga a ela que o mundo mudou enquanto esperava
não vibram mais bandeiras do inconformismo pelo ar
em vez disso, escolheram pintar mentiras em seus rostos.

Um dia ela há de aprender
a cruzar galáxias falando sobre o amor
e a acender estrelas com sua saudade,
pois em seu coração há nomes
nem mesmo a eternidade
poderá apagar.

"In memoriam - Maria Braga, a mãe mais maravilhosa do mundo" 

[ Cristina Braga ]



sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Outra vez



A correnteza levou as mentiras rio a baixo
movi meus pés devagar sob a água
o reflexo da lua cheia me fez lembrar
nós fomos feitos para refletir beleza.

Mas há quem crie raízes em concreto
ignorando o recusar dos recursos
acumulando felicidades de papel
sem enxergar os pássaros negros
a sobrevoar seus planos.

Envergonham a criação
e não questionam.
Como poderá a Terra os querer?
O paraíso não é um lugar 
não é uma fuga.

Quem escolheu ir contra todos
escolheu também enganar a si.
e os ventos não apagarão
os males que suas ações trouxeram.

E mesmo estes que destroem
voltarão outra vez a dar os primeiros passos
a observar a mudança das estações
sentindo o aroma de dias melhores.

A luz vem em nossa direção e ofusca,
a morte é só uma palavra assustadora,
mais assustador mesmo é não sentir.

Em outra chance
poderemos juntos, ser brisa,
ser os reflexos do sol sobre a planície
ser o que nasceu pra ser quando em sonho foi
o intenso fascínio de conter
a verdadeira beleza.

[ Cristina Braga ]

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Se Não Esperássemos Pelo Fim







Jogou para o alto folhas secas
respirou ar puro em seus frágeis pulmões
fez da vida uma pequena expressão
diante das ondas gigantescas dos seus pensamentos
admirou luzes suspensas no céu
tola criança, não aprendeu a medir o universo
não entenderia a imortalidade mesmo se a experimentasse
ainda assim desafiou a morte e ganhou
e a ideia do não ser não o perseguiu pela existência
pobre criatura sem direito a contar o tempo
sem medo do escuro ou do fim
cruzou terras em meio a tempestades,
atravessou furacões como se fossem serenas ventanias
encontrou vazios e descobriu como preenche-los.


Por todos os dias
não começou guerra alguma
não mentiu por prazer
não semeou o ódio,
sequer brindou com sangue.

Nos desertos por onde caminhou
deixou pegadas cobertas de flores
respeitou as dimensões
e todos os seres.

Viveu anos luz
e ainda existe
está a desenhar galáxias
nesse exato segundo.


[ Cristina Braga ]


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Lapsos






Desejo-te tão longe
saboreando a estranheza
que aprendi ao teu lado
te afasto com palavras duras
revelo que te odeio.
me envolve em teus braços
me faz querer ficar
te firo,te beijo,me rendo.

Vivemos uma noite
libertando instintos primitivos
eu, dando primeiros passos na escuridão
tu, um homem sem raízes
nós que fomos transformados 
em solução química de cheiros.

Não te quero aqui,
mas não te solto de uma vez
e juntos fingimos que a vida pode ser só isso.

Tu irás desaparecer em alguns meses
eu serei outra em alguns segundos
não pertencemos um ao outro, nós sabemos.
somos uma noite e um adeus.

E quem pisará nas flores, senão você?
Quem será tão frio quanto a noite, igual você?
Minha ironia ao seu lado nunca foi tão viva,
mas eu não te amo
não sinto nem sei o que é isso,
embora sinta e saiba do teu calor.

Somos estranhos dividindo capsulas de prazer
dois loucos errando o caminho
e já disse, não te amo
não sou uma tola
ou menina qualquer
me entrego,
mas não deixo que sintas
meu coração pulsar acelerado.

Te dou meu vazio e minhas trevas,
mas jamais me derramarei
numa taça p´ra você beber
feito vinho barato
que não aprecia o sabor.

Você irá partir em breve
e eu morrerei tão cedo
não serei completamente tua
serei pela metade
de qualquer jeito,
de um modo estranho e findo.

Te levarei a suspirar, a enlouquecer,
ao céu mesmo que não acredite nele
e nesses lapsos serei tua.

Seremos partículas de desejo,
caricias embebidas em vontade
Tudo, menos amor.

[ Cristina Braga ]


terça-feira, 17 de setembro de 2013

Veneno


Eu não aguardo,
não vou orar por um amado num campo de batalha,
não sou doce, frágil ou flor.
Afundo uma espada no peito do rei,
seduzo homens bons com meus lábios vermelhos
e jogo com a perdição sem companhia do remorso.
Brindarei minhas vitorias com lagrimas daqueles que perderam.
Deixarei em tua lapide um pouco desse amor que jaz....
Cruzarei oceanos e céus.
Me aliarei a uns e vencerei a todos!
Esse é teu pesadelo se tornando real.
Não sinto nada a não ser o cheiro da carnificina.
Carrego hematomas por todo o corpo e a coragem sob o peito,
mas quando desejos surgirem nas noites de lua cheia
lembrarei dos teus olhos cintilantes...
Sua fraqueza quase me fez perder.
Eu lhe disse o que queria, você não ouviu.
Abri mão de uma vida antes mesmo de você chegar.
Não voltaria minhas palavras mesmo que sua vida dependesse disso.
Irei romper horizontes,
beber de vinhos sagrados
e quando me sentir tonta cair sobre a sombra das fogueiras.
Sou amante do trágico, guerreira cruel
Irei morrer cada vez que lembrar da primavera.
Irei provocar uma briga ao sentir o clima ameno.
E não será seu amor minha cura,

Escolhi ser meu próprio veneno!

Cristina Braga

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Voltas infinitas


Já ouviu sobre o amor?
Correu para sentir o vento contra os cabelos e sorriu?
Pulou do alto do prédio tantas vezes
Está a girar na sala aos oito
Ninguém diz, mas:
“-Protege teus joelhos dos arranhões”
Me deixa segurar tua mão um instante
Mas não solta teu coração
Fomos crianças no frio
Sombras na cidade insone
Jogávamos sonhos no lixo como se fosse a maior diversão
Mas depois de todo o estardalhaço
Restamos nós...
Pedaços soltos em gavetas vazias
Rascunhos mal feitos de planos incompletos
Queríamos ser livro
Viramos frases inacabadas
Lembra do que pensávamos?
A vontade de espalhar a loucura?
Nos equilibrando no meio fio de calçadas intermináveis
Terminamos antes delas
E se não der tempo de chegar a algum lugar?
Ficaremos perdidos para sempre
Nas ruas vazias desse sonho confuso
Nas voltas infinitas desse estranho lugar

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Selvagem

Não confie seus medos aos lobos
Não alimente os animais!
Estamos correndo sem destino
Com sede de amor porque a carne só sacia por algumas horas
Não chore na escuridão pois o brilho das lagrimas te denunciará
Nossas verdades são uma farsa
Seu rosto lindo esconde um monstro
Insensível aos carinhos mais delicados
Se nossa saudade nos faz fracos vamos desligar nossa humanidade
O mundo lá fora não nos merece
Mergulho até o fundo pra não ouvir meus pensamentos
E ainda molhada te escuto falar sobre o universo
Não sinto o cheiro da dor ao seu lado
Não vejo o vermelho escorrer de minhas veias
E o lobo que me rodeia corre livre
Planícies são liberdade aos seus olhos cinzas
O vento que sopra sai dos meus lábios
Quem não gostaria de se sentir assim?
Guardei cada palavra com atenção
Me tornei menina aos seu olhos
Brincando entre os animais sem pressa
A floresta nunca termina quando desperto
E não são meus instintos ou minha necessidade de se sentir viva
São os pássaros se misturando ao céu
São as folhas sobre meus pés
A coragem de amar até o inverno nos congelar
Não deseje a lua enquanto eu estiver a sua frente
Não enlouqueça com o frio enquanto meu corpo carregar o calor que te faz falta
Nadei até o fundo e não achei as respostas definitivas
Primitivos explorando uma terra que não é sua
Estamos de passagem outra vez
E quem perceberá toda a beleza contida aqui?
Quem olhará por nós quando formos a caça?
Somos indefesos frente aos sons da noite
Confundindo o marrom e o verde ao nosso tom de pele
O fogo que afugenta o mal é aquele que mora em teus olhos
Vamos dominar todas as feras essa noite
Com o simples gesto de dominar nossos corações

Cristina Braga



Despertar

A alguns meses esse texto nasceu e hoje representa pra mim beleza e nada mais.

Se eu bebi?
Que te importa o numero de garrafas vazias pelo chão?
Não te importou a falta que faria a mim
Eu ainda choro por sonhos que morreram a quatro anos
A vida não é a mesma
Eu não sou a mesma
Abrirei minhas asas a cada anoitecer mas não alçarei voo
Beijarei estrelas em meus delírios
Pararei para admirar o mundo girando ao meu redor
E isso não dirá nada sobre mim.
As vezes caminho sobre brasas sem perceber que estou descalça
Errei com palavras e sentimentos
Esqueci daquilo que me fazia sorrir
E hoje desvio dos cacos de vidros pela sala
Sou menos ingênua ou só louca
A nuvem que chovia em mim está cinza claro
Sinto que logo as marcas vão cicatrizar
Sonharei de novo...
Por enquanto mergulho em formol
Me desfaço em mentiras
Me encontro em conversas vazias
Sinto o cheiro salgado da raiva
Sinto cada pedaço de sentimento vão
Sabendo que não vou sumir na escuridão da minha alma
Eu não vou apagar nenhuma dessas memórias
Nem fingir que não é o álcool
Afinal somos só um delírio nas curvas do tempo
Um dia a gente desperta de uma vez

Cristina Braga

Big Bang

Essa é minha primeira postagem e realmente bate um nervosismo bacana do tipo daqueles que passa a sensação de querer iniciar com o pé direito. Bem, esse lugar será para pessoas que gostam de textos que fazem refletir, textos inspirados pelo bom Rock´n Roll e por toda a força criativa que sai dessa singela pessoa. Então coloque no liquidificador uma mente que é movida a leitura, prefere assistir bons filmes á ter que dar sorrisos forçados em lugares formais e que não passa um dia sme escutar a voz maravilhosa do Eddie Vedder porque descobriu que o Pearl Jam é a banda mais foda do mundo (hahahaha...minha opnião). Basta saber tambem que eu sou do tipo que abraça a loucura e que sinceramente sabe que se voce tem um pouco a ver como o que eu disse antes vai adorar dar umas voltar por aqui.

Divirta-se, critique sempre e seja bem vindo pois acontece aqui o Big Bang que origina esse blog!!!

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