Liberdade

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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Selvagem

Não confie seus medos aos lobos
Não alimente os animais!
Estamos correndo sem destino
Com sede de amor porque a carne só sacia por algumas horas
Não chore na escuridão pois o brilho das lagrimas te denunciará
Nossas verdades são uma farsa
Seu rosto lindo esconde um monstro
Insensível aos carinhos mais delicados
Se nossa saudade nos faz fracos vamos desligar nossa humanidade
O mundo lá fora não nos merece
Mergulho até o fundo pra não ouvir meus pensamentos
E ainda molhada te escuto falar sobre o universo
Não sinto o cheiro da dor ao seu lado
Não vejo o vermelho escorrer de minhas veias
E o lobo que me rodeia corre livre
Planícies são liberdade aos seus olhos cinzas
O vento que sopra sai dos meus lábios
Quem não gostaria de se sentir assim?
Guardei cada palavra com atenção
Me tornei menina aos seu olhos
Brincando entre os animais sem pressa
A floresta nunca termina quando desperto
E não são meus instintos ou minha necessidade de se sentir viva
São os pássaros se misturando ao céu
São as folhas sobre meus pés
A coragem de amar até o inverno nos congelar
Não deseje a lua enquanto eu estiver a sua frente
Não enlouqueça com o frio enquanto meu corpo carregar o calor que te faz falta
Nadei até o fundo e não achei as respostas definitivas
Primitivos explorando uma terra que não é sua
Estamos de passagem outra vez
E quem perceberá toda a beleza contida aqui?
Quem olhará por nós quando formos a caça?
Somos indefesos frente aos sons da noite
Confundindo o marrom e o verde ao nosso tom de pele
O fogo que afugenta o mal é aquele que mora em teus olhos
Vamos dominar todas as feras essa noite
Com o simples gesto de dominar nossos corações

Cristina Braga



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