Liberdade

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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Veneno


Eu não aguardo,
não vou orar por um amado num campo de batalha,
não sou doce, frágil ou flor.
Afundo uma espada no peito do rei,
seduzo homens bons com meus lábios vermelhos
e jogo com a perdição sem companhia do remorso.
Brindarei minhas vitorias com lagrimas daqueles que perderam.
Deixarei em tua lapide um pouco desse amor que jaz....
Cruzarei oceanos e céus.
Me aliarei a uns e vencerei a todos!
Esse é teu pesadelo se tornando real.
Não sinto nada a não ser o cheiro da carnificina.
Carrego hematomas por todo o corpo e a coragem sob o peito,
mas quando desejos surgirem nas noites de lua cheia
lembrarei dos teus olhos cintilantes...
Sua fraqueza quase me fez perder.
Eu lhe disse o que queria, você não ouviu.
Abri mão de uma vida antes mesmo de você chegar.
Não voltaria minhas palavras mesmo que sua vida dependesse disso.
Irei romper horizontes,
beber de vinhos sagrados
e quando me sentir tonta cair sobre a sombra das fogueiras.
Sou amante do trágico, guerreira cruel
Irei morrer cada vez que lembrar da primavera.
Irei provocar uma briga ao sentir o clima ameno.
E não será seu amor minha cura,

Escolhi ser meu próprio veneno!

Cristina Braga

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