Liberdade

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sábado, 5 de abril de 2014

20 anos sem Kurt Cobain



Hoje é um daqueles dias estranhos que você relembra uma data triste, infelizmente eu conheço bem esses dias. O brinde de hoje é ao eterno incompreendido Kurt Cobain que nos deixou exatamente a 20 anos atrás e que provou que a arte vence a mortalidade, pois sua voz continua anos após ter silenciado para sempre. Bem, falar sobre esse mito feito de carne, osso e heroína não é difícil quando se foi um grande admirador da sua musica na adolescência como eu. Mesmo que você não tenha uma vibe grunge, se escuta Rock logo é apresentado a imagem do anti-herói que polemizou com seu jeito cru e amor exagerado pelas pessoas.

O Kurt  é lembrado por todos na adolescência como um jovem tímido que não se encaixava em grupos e sofria bulling, até aí tudo bem, podia ser eu ou você, mas a inspiração incomum e olhar perdido fizeram do estranho jovem de Aberdeen uma lenda que conquista fans até hoje. Uns dizem que a adoração sobre sua persona tem a ver com seu trágico fim, mas sinceramente o instigante vocalista do Nirvana ia ser adorado tendo uma vida prematura ou não. Possuía voz marcante, arranhando durante letras anti moralistas e anti superficiais onde reconhecia defeitos e os exaltava e com isso fez jovens do mundo todo se identificarem.

A  geração que pegou o fim dos anos 80 se sentia cada vez mais sozinhos, vivendo o fim dos grandes espetáculos e perdendo a vontade pelo glamour do Rock acabou achando em "Smells  Like Teen Spirit" um ponto de conforto e concordaram que sim, estavam entediados. O hino a mesmice conquista fans e faz de Kurt um lider invisível cuja sinceridade e doçura misturadas ao fogo e álcool nos fazem obcecados.  Eu sou dessa parcela que faz do grunge vivo alem dos anos 90 e meu encanto não ocorreu somente pelas guitarras distorcidas ou pelo visual, eu me apaixonei por ideais que capturaram meu desanimo capitalista e meu saudosismo por humanidade.

Kurt foi um homem que pouco sobre ser pai e que pouco soube sobre sentir paz. Foram tantos pesadelos e dores que culminou no seu “suicídio”.  Eu adoraria culpar Courtney Love, mas no fundo eu sei  que ele seria corajoso demais para ter apertado o gatilho...afinal é melhor queimar que apagar aos poucos.

 Com carinho deixo com vocês minha canção predileta “Lithium” que é sobre alguém que volta a religião mas que está confuso com seus sentimentos. Muitos dizem que ela revela a bipolaridade que Kurt sofria desde criança, pra mim ela representa a ironia com relação as religiões.



“As maiores loucuras são as mais sensatas alegrias, pois tudo que fizemos
Hoje ficará na memória daqueles que um dia sonharão em ser como nós:
Loucos, porém, FELIZES!”


Kurt Cobain

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