Hoje é um daqueles dias estranhos que você relembra uma data
triste, infelizmente eu conheço bem esses dias. O brinde de hoje é ao eterno incompreendido
Kurt Cobain que nos deixou exatamente a 20 anos atrás e que provou que a arte vence a mortalidade, pois sua voz continua anos após ter silenciado para sempre. Bem, falar sobre esse mito
feito de carne, osso e heroína não é difícil quando se foi um grande admirador
da sua musica na adolescência como eu. Mesmo que você não
tenha uma vibe grunge, se escuta Rock logo é apresentado a imagem do anti-herói
que polemizou com seu jeito cru e amor exagerado pelas pessoas.
O Kurt é lembrado por todos na adolescência como um
jovem tímido que não se encaixava em grupos e sofria bulling, até aí tudo bem,
podia ser eu ou você, mas a inspiração incomum e olhar perdido fizeram do
estranho jovem de Aberdeen uma lenda que conquista fans até hoje. Uns dizem
que a adoração sobre sua persona tem a ver com seu trágico fim, mas
sinceramente o instigante vocalista do Nirvana ia ser adorado tendo uma vida
prematura ou não. Possuía voz marcante, arranhando durante letras anti
moralistas e anti superficiais onde reconhecia defeitos e os exaltava e com
isso fez jovens do mundo todo se identificarem.
A geração que pegou o
fim dos anos 80 se sentia cada vez mais sozinhos, vivendo o fim dos grandes espetáculos e perdendo a vontade pelo glamour do Rock acabou achando em "Smells Like Teen Spirit" um ponto de conforto e concordaram que sim, estavam entediados. O hino a mesmice conquista fans e faz de Kurt um lider invisível cuja sinceridade e doçura misturadas ao fogo e álcool nos fazem obcecados. Eu sou dessa parcela que faz do grunge vivo alem dos anos 90 e meu encanto não ocorreu somente pelas guitarras distorcidas ou pelo visual, eu me apaixonei por ideais que capturaram meu desanimo capitalista e meu saudosismo por humanidade.
Kurt foi um homem que pouco sobre ser pai e que pouco soube sobre
sentir paz. Foram tantos pesadelos e dores que culminou no seu “suicídio”. Eu adoraria culpar Courtney Love, mas no fundo eu sei que ele seria corajoso demais para ter apertado o gatilho...afinal é melhor queimar que apagar aos poucos.
Com carinho deixo com
vocês minha canção predileta “Lithium” que é sobre alguém que volta a religião
mas que está confuso com seus sentimentos. Muitos dizem que ela revela a
bipolaridade que Kurt sofria desde criança, pra mim ela representa a ironia com relação as religiões.
“As maiores loucuras
são as mais sensatas alegrias, pois tudo que fizemos
Hoje ficará na
memória daqueles que um dia sonharão em ser como nós:
Loucos, porém,
FELIZES!”
Kurt Cobain
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