Liberdade

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sexta-feira, 20 de março de 2015

Extremos

Eu quero a nevoa da serra
Tu queres vista para o oceano
Eu pego a mão da esquerda
Tu só caminhas pela direita
Eu aprecio arte
Tu só assiste Tv
Eu nem sempre sou boa
Tu condenas o mal
Eu não me limito a uma crença
Tu só considera a verdade que te deram
Eu me expando
Tu desapareces
Eu despedaço
Tu permanece intacta
Eu alço voo
Tu cria raízes
Eu espalho o vermelho
Tu exiges que seja tudo preto no branco
Eu abro janelas
Tu compra espelhos
Eu te convido para uma dança
Tu diz que não sabes dançar
Eu aumento o volume da musica
Tu muda a estação de rádio
Eu falo de amor
Tu discursas pelo ódio
Eu reconheço a vida como fonte do imprevisível
Tu tens planos definidos
Eu nem sei quem sou
Tu já tens sobrenome de outro
Eu defino meu corpo como um ponto de anarquia
Tu o etiqueta com um dogma.
Eu estou só
Tu também, mas escolhe não pensar sobre isso
Eu poderia amá la, mas tu se mantem ausente do tipo de pessoa que fez de mim...

E nenhum de nós estamos por completo errados.
Sabemos amar, mas não entendemos as ramificações do amor
Sabemos sonhar, mas invadimos territórios alheios com sonhos egoístas.
E o que nós não sabemos é viver em paz com todas as vendas que colocaram sob nossos olhos. 
Essas vendas que são maiores que a distancia que nos aprisiona.



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