Liberdade

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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Cacos Espalhados



Inspirado por um anti-herói underground.

 
Ouvi você dizer que nunca irá morrer,

Sua convicção quase me convenceu.

Ah menino, como ousa respirar rebeldia?

Decidiu ser jovem para sempre,

me fez querer te seguir na mesma perdição.

Desde que cuspiu honestidade em nossos olhos,

você limpou a cegueira que havia.

Despertou o ódio de heróis,

desorganizou as palavras e as parou no tempo.

Me diz porque o desejo pelo fim.

Não vês quão lindo és o infinito?

Maquinaria de resenhas.

Levando vinho até a boca devagar.

Não saberia dizer dez coisas que odeio em ti,

Pétalas cairiam do céu se eu mentisse.

Pendurei nossa amizade na parede,

e nenhum passo em falso poderá quebra-la.

Me acompanhe pelas fugas,
 
me conte sobre a sujeira e a distorção das guitarras.

Eu ficaria mais pra ouvir...

Mas tenho que reencontrar um garoto,

Lá onde as noites eram preenchidas com bebedeira e sorrisos,

do punk ao grunge com fúria,
 
da energia inesgotável de um escritor marginal,

bem antes da classe e da serenidade...

Antes até do cansaço e da gentileza.

Na época em que éramos outros.

Hoje te faço um elogio,

Tua reação me faz sorrir...

Nesse instante claramente eu vejo,

lá está quem é admirado por todos!

Aquele que viverá para sempre...
 
E o resto são cacos espalhados pelo chão.
 
 
 
Foto: Um jovem Kurt Cobain

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