Eu não
aguardo,
não vou
orar por um amado num campo de batalha,
não sou
doce, frágil ou flor.
Afundo
uma espada no peito do rei,
seduzo
homens bons com meus lábios vermelhos
e jogo
com a perdição sem companhia do remorso.
Brindarei
minhas vitorias com lagrimas daqueles que perderam.
Deixarei
em tua lapide um pouco desse amor que jaz....
Cruzarei
oceanos e céus.
Me
aliarei a uns e vencerei a todos!
Esse é
teu pesadelo se tornando real.
Não sinto
nada a não ser o cheiro da carnificina.
Carrego
hematomas por todo o corpo e a coragem sob o peito,
mas
quando desejos surgirem nas noites de lua cheia
lembrarei
dos teus olhos cintilantes...
Sua
fraqueza quase me fez perder.
Eu lhe
disse o que queria, você não ouviu.
Abri mão
de uma vida antes mesmo de você chegar.
Não
voltaria minhas palavras mesmo que sua vida dependesse disso.
Irei
romper horizontes,
beber de
vinhos sagrados
e quando
me sentir tonta cair sobre a sombra das fogueiras.
Sou
amante do trágico, guerreira cruel
Irei
morrer cada vez que lembrar da primavera.
Irei
provocar uma briga ao sentir o clima ameno.
E não
será seu amor minha cura,
Escolhi
ser meu próprio veneno!
Cristina Braga
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